All known species of extant tapirs are allopatric: 1 in southeastern Asia and 3 in Central and South America. The fossil record for tapirs, however, is much wider in geographical range, including Europe, Asia, and North and South America, going back to the late Oligocene, making the present distribution a relict of the original one. We here describe a new species of living Tapirus from the Amazon rain forest, the 1st since T. bairdii Gill, 1865, and the 1st new Perissodactyla in more than 100 years, from both morphological and molecular characters. It is shorter in stature than T. terrestris (Linnaeus, 1758) and has distinctive skull morphology, and it is basal to the clade formed by T. terrestris and T. pinchaque (Roulin, 1829). This highlights the unrecognized biodiversity in western Amazonia, where the biota faces increasing threats. Local peoples have long recognized our new species, suggesting a key role for traditional knowledge in understanding the biodiversity of the region.

Todas as espécies conhecidas de antas viventes são alopátricas: 1 no sudeste da Ásia e as 3 na América Central e América do Sul. Entretanto, o registro fóssil para antas é mais amplo geograficamente, incluindo Europa, Ásia, América do Norte e do Sul, encontrados desde o Oligoceno tardio, tornando a distribuição atual um relicto da original. Descrevemos aqui uma nova espécie de Tapirus vivente da floresta amazônica, a primeira desde T. bairdii Gill, 1865, e o primeiro novo Perissodactyla em mais de 100 anos, a partir de caracteres morfológicos e moleculares. O novo táxon é menor em estatura do que T. terrestris (Linnaeus, 1758) com morfologia distinta do crânio, sendo basal ao clado formado por T. terrestris e T. pinchaque (Roulin, 1829). Esta descoberta destaca a biodiversidade oculta no oeste da Amazônia, onde a biota enfrenta ameaças crescentes. Alguns povos locais há muito tempo reconheceram esta nova espécie, sugerindo um papel fundamental para o conhecimento tradicional na compreensão da biodiversidade da região.